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O Tengu 天狗 é um ser místico das florestas e montanhas encontrado no folclore japonês, arte, teatro e literatura com atributos Shintoísta e Budistas. São muitas vezes classificados como 妖怪 Yôkai ou monstro-espírito, e às vezes é adorado como Kami (espíritos ou deuses) Shintoísta. A origem das lenda dos Tengu datam do século VI, logo após o início da expansão do budismo no Japão através de influência da Coréia e da China. Eram particularmente fortes nos arredores do kobayakawa_takakage_debating_with_the_tengu_of_mount_hiko_no_29Monte 鞍馬 Kurama, onde se acreditava que ficava a morada do 僧正坊 Sôjôbô (lit. padre justiceiro do budismo), o rei dos Tengu. Os seus poderes sobrenaturais incluem mudar sua aparência em humanos ou animais, a habilidade para falar com humanos sem mover a sua boca ou ventriloquismo, teletransporte e a habilidade singular de penetrar no sonho dos mortais e de pregar peças em padres budistas e guerreiros Samurai castigando esses que voluntariosamente abusam do conhecimento e autoridade para ganhar fama ou posição. Eles repugnam fanfarrões e esses que são corruptos ao Dharma (lei). São também guerreiros habilidosos como é relatado em várias obras, entre elas, o Tengu Geijutsu Ron (No Brasil, foi publicada como "O Zen na Arte de Conduzir a Espada", de Reinhard Kammer, pela Editora Pensamento). Escrito por Shissai Chozan no século XVIII, está obra descreve uma narrativa onde recebe ensinamentos sobre a arte da espada diretamente dos Tengu. Historicamente foi comum atribuir a grandes guerreiros do século XII. Um exemplo foi Minamoto no Yoshitsune que ficou conhecido por ter um Tengu como professor, que o instruía nas artes marciais e táticas militares. Tais lições possibilitaram o afamado senhor da guerra a vencer seus inimigos. Na verdade, atribui-se a Karasu Tengu o ensinamento da arte da espada aos samurais.

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Literalmente o termo Tengu não condiz com a aparência mostrada dessa figura misteriosa, na maioria, como um ser metade homem e metade corvo, pois significa "Cão celeste." É creditado a uma criatura chamada Tien Kou (Tiangou 天狗) da mitologia chinesa. Uma teoria plausível é que o Tien Kou chinês de

rivou seu nome de um meteoro que caiu na China no 6º século a.C. O rabo do corpo cadente se assemelhou a calda de um cachorro, consequentemente o nome e sua associação inicial aos poderes destrutivos.

Comumente os Tengu eram desenhados de duas formas diferentes: Os 烏天狗 Karasu Tengu: com o corpo humanóide, mas uma cabeça de corvo. Os 木の葉天狗 Konoha Tengu ou 山仏師天狗 Yamabushi Tengu: com feições humanas, mas dotados de asas e longos narizes e às vezes carregando um leque de penas. Máscaras representando seus rostos eram muito usadas em festivais.

karasuExistem histórias que descrevem encontros entre Tengu e personagens históricos verídicos como as lendas que contam a história do guerreiro 源 義経 Minamoto No Yoshitsune relatam que ele foi aluno do Rei dos Tengu, que teria lhe ensinado habilidades mágicas de esgrima e ao do Daimyô 小早川 隆景 Kobayakawa Takakage, que teria conversado com outro rei dos Tengu ao pé do 英彦山 Hikozan (Monte Hiko). Séculos depois, os Tengus começaram a ser considerados formas das divindades shintoístas que guardavam as montanhas. Como relatado acima a forma do Tengu originalmente foi retratado como uma criatura má com o corpo de um homem e cabeça de corvo, asas emplumadas e garras, o Tengu evoluiu desde então a um homem ou duende pássaro protetor com um inconfundível nariz longo, usando um pequeno chapéu de monge, frequentemente com uma face vermelha e leque de penas. Protetores das artes marciais são creditados com habilidades extraordinárias na arte de luta com espada e forja de arma. Eles às vezes servem como mentores na arte de guerra e estratégia para humanos que são merecedores.

São associados com a prática ascética conhecida como 修験道 Shugendô, e normalmente são descritos no traje distintivo de seus seguidores, o 山伏 Yamabushi. A imagem dos Tengu foi mudando drasticamente ao longo do tempo. Em algumas épocas eram tidos como ladrões de crianças, enquanto no período 江戸 Edo orava-se a eles para que ajudassem a encontrar crianças perdidas. Foram considerados também guardiões de templos. Nesse mesmo período foram temas de várias pinturas no estilo 浮世絵 Ukiyoe, nas quais seus compridos narizes recebiam uma conotação ora cômica, ora sexual.